Imagine-se na seguinte situação: você acabou de ter seu bebê. O parto foi uma bela experiência, a criança é saudável e tudo parece perfeito. Claro que você deveria estar superfeliz. Ao invés disso, você está perturbada e atormentada pelo medo, tristeza e duvidando de si mesma. Isto se chama Depressão Pós-Parto (DPP. Em alemão: postpartale Depression - PPD). Ela acomete entre 8 e 26 por cento das mulheres, e não se sabe exatamente porque ela surge e como se pode evitá-la.

Não se deve confundir a Depressão Pós-Parto com o chamado "Baby-Blues" (Tristeza Materna. Em alemão chamada Wochenbett-Depression). A Tristeza Materna é inofensiva e atinge metade das mães por cerca de 3 dias após o parto. Uma mulher com "Baby-Blues" fica triste e chora com freqüência, mas pode manter sua atividade e responsabilidade normalmente. Esta situação acaba após alguns dias. A Depressão Pós-Parto, ao contrário, não é tão simples. Ela começa, na maioria dos casos, quatro semanas após o parto. Os sintomas alcançam um ponto máximo após algumas semanas e podem durar de 3 a 12 meses.

Mulheres que apresentaram DPP relatam a sensação de como se tivessem perdido a razão. Muitas mulheres sentem-se culpadas, pensando, por exemplo, que não amam o suficiente o recém-nascido ou simplesmente não o amam. Algumas apresentam até mesmo tendências suicidas. Dr. Cheryl Beck examinou mulheres com DPP e publicou os resultados na revista "Nursing Research". Uma mulher contou que a doença seria como "...se estivesse passado pelo inferno. Eu pensei que não haveria outra saída além de morrer." Outra descreve assim a doença: "Foi como se tudo estivesse pouco a pouco se despedaçando. Eu precisava incondicionalmente de ajuda. Eu não podia mais ficar sozinha." E: "Eu ia a caminho do supermercado como se estivesse em transe. Desempacotar as compras durava 4 horas. Tudo era um único e grande problema." Ainda: "Eu estava fora da realidade. Vivia meu dia-a-dia como um fantoche."

Resultado: mulheres com DPP normalmente sofrem sozinhas.

Felizmente é possível tratar esta doença. Para isso é preciso ser reconhecida. Os sinais comuns são:

- choro

- distúrbios do sono

- alterações dos hábitos alimentares (para mais ou para menos)

- sentimento de desvalorização

- desmotivação

- distúrbios de concentração

- indiferença quanto à própria aparência

- medos e preocupações

- irritabilidade

- hostilidade e arrelia, aborrecimento

Se você, depois do nascimento do seu bebê, apresentar algum desses sintomas e eles durarem mais que uma semana, procure um médico. Entenda que a Depressão Pós-Parto é uma doença. Mulheres que sofrem deste mal não são pessoas ruins ou mal-agradecidas, mas sentem-se culpadas por seus sentimentos. Elas estão doentes e precisam de ajuda médica.

Você encontrará mais informações sobre a Depressão Pós-Parto nos seguintes sites:

www.psychiater.at - informações gerais e referências a outros sites.

www.schatten-und-licht.de - referências gerais e endereços, telefones e grupos de ajuda.

http://infotrail.com/dad/dad.html - Depression After Delivery

http://www.sbpep.org/ - Postapartum Education for Parents

http://www.portaldeginecologia.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=269 - portal de ginecologia

Fonte (texto original em alemão): Site Pampers.de - "Was tun bei postpartaler Depression?"
Tradução: Lia A.

* a indicação para o link em português não aparece no texto original.
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