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Não se faz mais Alemanha como antigamente...

Mas enfim, o bicho tá pegando por estas bandas também, os preços de combustíveis, energia, transportes públicos, alimentos básicos como leite e seus derivados, enfim, tuuudo ficou mais caro no final do ano e início deste. Ainda não chegamos nos padrões inflacionários que nos lembrem o Brasil, embora diga-se que lá as coisas estão melhorando, ou que já foram piores... Mas a onda de greves aqui devem chegar aos moldes de lá, sem tanto requinte eu diria, mas estamos caminhando pra isto.

Observo tudo nesta terra e acho que tá tudo ficando cada vez mais parecido com o Brasil.

Vejam agora o feriado de 1. de maio, o dia seguinte, dia 02, também  foi na onda do modelo "enforcado": escolas, Kindergarten, consultórios médicos, por exemplo, muitos destes não tiveram expediente aqui em Berlim. Na Bavária, sul do país, tem feriado pra caramba, por conta do Catolicismo, predominate na região e seu calendário festivo. Aqui em Berlim, aproveitam-se anualmente os feriados de Pentecostes pra se festejar o Carnaval das Culturas, mega-evento com participação de afoxés e blocos brasileiros, criados aqui inclusive para esta finalidade. É a tal globalização, pois...

Os serviços públicos nem se fala, são efetivos, mas o caminho burocrático a depender do que o cidadão precise, pode vir a se tornar uma via-crucis de vai-e-vém com documentos, atestados. Quase caí de costa, por exemplo quando tive que reconhecer a maternidade da minha filha!! Sério, fui reconhecer a paternidade, com o pai dela obviamente, porque não éramos casados quando ela nasceu e me disseram, "primeiro a senhora reconhece que é a MAE do bebe!"Hummm, como? "sim, me disse a funcionária da prefeitura, "porque o pai da criança é italiano, a senhora tem que fazer isto pra cumprir normas do direito de lá, caso um dia ele resolva raptar a criança, a senhora tem como comprovar que é a mãe!" Nossa, mais uma lição in puncto legislação diversa em países europeus.

A propósito: se ele fosse belga ou francês, também teria de ser feito algo assim pra respeitar e reconhecer o direito de mãe. Depois do choque inicial, segui a orientação, que na verdade me foi quase sussurrada no ouvido. Não deixa de ser uma situação embaraçadora insinuar pro pai da criança que ele seja capaz de tal atitude.

Hoje em dia, tudo é possível e se resguardar e prevenir é melhor que correr atrás do prejuízo, seja ele de que ordem for. Quanto às greves, nas próximas semanas diversas categorias vão aderir e paralisar as atividades, polícia, correios, alguns setores de transportes públicos. Isto tudo me dá até um certo saudosismo e confesso a todos em primeira mão: a hora que a bandalheira tomar conta deste país, eu volto pra nossa  terrinha, sofrer por sofrer, vou pra lá, tomar caipirinha e comer acarajé à beira-mar!

 


Copyrights: Claudia Sampaio
Foto: Claudia Sampaio
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