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Filha de ex-espião russo envenenado na Inglaterra quer voltar para seu país



Yulia Skripal e o pai foram hospitalizados após serem envenenados em Salisbury, no sul da Inglaterra. Yulia Skripal, filha do ex-espião russo Sergei Skripal, em imagem de arquivo Yulia Skripal/Facebook via AP, File Yulia Skripal, filha do ex-espião russo Sergei Skripal, disse nesta quarta-feira (23) à agência Reuters que espera voltar para o seu país."No longo prazo, quero voltar para casa, para o meu país", declarou. Ela e o pai foram hospitalizados após serem envenenados em Salisbury, no sul da Inglaterra. Após passar mais de um mês internada, ela teve alta em abril, mas o pai continuou sob cuidados médicos até sexta-feira (18). Yulia, 33 anos, e o pai Serguei, 66, foram encontrados inconscientes em 4 de março em um banco em uma rua de Salisbury, após serem expostos a uma substância tóxica. O governo britânico atribuiu o envenenamento a Moscou. Sergei Skripal foi coronel do serviço secreto militar russo, mas acabou condenado por alta traição por vender informações ao Reino Unido. Em 2010 foi envolvido em uma troca de espiões e se mudou para a Inglaterra. O governo de Vladimir Putin nega com veemência qualquer envolvimento no atentado que, segundo as autoridades britânicas, foi executado com a substância Novichok, um agente nervoso produzido apenas em laboratórios militares russos. Envenenamento e a crise diplomática O incidente envolvendo Yulia e o pai desencadeu uma crise diplomática do Reino Unido com a Rússia, que depois se ampliou para outros países. O governo britânico considerou Moscou responsável pelo envenenamento e determinou a expulsão de 23 diplomatas russos - medida que foi seguida posteriormente pelos EUA e uma série de países europeus. A Rússia revidou e diplomatas americanos deixaram a embaixada dos Estados Unidos em Moscou. A onda de expulsões cruzadas dos países ocidentais e da Rússia, que começou em 14 de março, já atinge 300 diplomatas. O chefe do laboratório militar britânico de Porton Down, Gary Aitkenhead, afirmou que não foi possível determinar que o agente neurotóxico usado no envenenamento proceda da Rússia. "Fomos capazes de identificar que se trata de Novichok, de identificar que foi um agente neurotóxico de tipo militar. Mas não identificamos sua origem exata", afirmou.

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